Em 1859, trinta anos depois da morte de Lamarck, o naturalista inglês,
metódico e laborioso, Charles Robert Darwin, expôs em seu livro A Origem
das Espécies, suas idéias a respeito do mecanismo de transformação das
espécies. No seu todo, a teoria da Darwin é aceita até hoje. Ela só não é
completa, porque na época em que foi formulada não eram conhecidos os
mecanismos de transmissão hereditária, nem a estrutura do material
genético.
Charles Darwin foi um naturalista bastante perspicaz que
observou uma grande quantidade de diferentes estruturas e
comportamentos, os quais, a seu ver, pareciam ter-se desenvolvido para
auxiliar a sobrevivência e o sucesso reprodutivo dos indivíduos que os
apresentavam. Darwin teve uma oportunidade única de estudar as
adaptações em organismos de diferentes partes do mundo quando, em 1831,
seu professor de Botânica, John Henslow, recomendou-o como naturalista
ao Capitão Robert Fitzroy, que estava preparando uma viagem ao redor do
mundo a bordo do navio de pesquisa e observação H.M.S. Beagle. Sempre
que possível, ao longo dessa viagem, Darwin descia à terra para observar
e coletar espécimes de plantas e animais (PURVES ET AL., 2005).
Darwin
introduziu o termo seleção natural para permitir a idéia de que a
natureza exerce a seleção mais ou menos como um criador de animais,
quando deseja melhorar uma linhagem de animais domésticos. O criador
seleciona para pais da geração seguinte, os indivíduos que possuam
qualidades por eles desejadas para tal linhagem. Ao mesmo tempo, evita a
reprodução dos indivíduos que não possuam as qualidades desejadas. Esta
seleção atua provocando a morte diferencial de indivíduos de uma dada
população, ou seja, os indivíduos mais adaptados têm maior probabilidade
de sobrevivência do que os menos adaptados.
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