A evolução pode ser definida, em poucas palavras, como o processo de
variação e adaptação de populações ao longo do tempo, podendo inclusive
provocar o surgimento de novas espécies a partir de uma preexistente.
Dessa forma, a grande diversidade de organismos presentes em nosso
planeta pode ser explicada por meio dessa teoria.
Registros escritos de grandes filósofos pré-socráticos nos mostram que o
pensamento evolucionista não se deu, basicamente, e tampouco
unicamente, por Charles Darwin. Aliás, a apresentação desta teoria à
Linnean Society, em 1858, foi feita com a co-autoria de Alfred Wallace:
naturalista menos abastado que, sem o prévio conhecimento das idéias de
Darwin, conseguiu compreender da mesma forma o aparecimento e
perpetuação de espécies variadas e de formas específicas.
A evolução por meio da seleção natural, proposta por esses dois
pesquisadores, enuncia que indivíduos que possuem características
específicas que os tornam mais aptos a viver em determinado ambiente têm
mais probabilidade de se reproduzir e gerar descendentes. Quando tais
vantagens são hereditárias, a prole poderá adquiri-la, fazendo com que,
ao longo do tempo, maior número de indivíduos daquela população a
possua, com conseqüente modificação das características globais daquela
espécie. Sob esta ótica, indivíduos menos aptos tendem a desaparecer,
resultando em uma população mais bem-adaptada ao ambiente.
Este fato justifica porque a evolução não deve ser vista como
sinônimo de progresso, já que uma mesma característica que garante o
sucesso, em um determinado momento, pode não ser tão favorável em outro
momento. Quanto a isso, por exemplo, acredita-se que a anemia falciforme
surgiu na África, há milhões de anos atrás. Como indivíduos com a
doença falciforme eram mais resistentes à malária; por seleção natural,
aqueles com suas hemácias normais tinham mais chances de não resistir à
parasitose.
A seleção natural é apenas um dos mecanismos evolutivos conhecidos.
Seleção sexual, deriva genética, mutação, recombinação e fluxo genético
são os outros, podendo agir de forma a reduzir ou aumentar a variação
genética.
Bibliografia
Por Mariana Araguaia, Graduada em Biologia Equipe Brasil Escola.
http://www.brasilescola.com/biologia/evolucao.htm
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