EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
A variabilidade de espécies
existentes na Terra decorre de um contínuo processo evolutivo. Dá-se o
nome de evolução biológica ao conjunto de transformações e adaptações
que ocorreram nos seres vivos ao longo dos séculos.
A principal
evidência da evolução biológica é o testemunho fóssil, uma vez que esse
processo indica os tipos de seres vivos que habitaram as regiões da
Terra em determinado período. Outras provas do evolucionismo são a
anatomia comparada e a biologia molecular, isto é, as semelhanças
bioquímicas, anatômicas e embriológicas entre as diferentes espécies.
Embora
o fixismo, hipótese que afirma que os seres vivos foram criados por uma
força divina e desde então não sofreram modificações, tenha perdurado
até o século XIX, o evolucionismo se consolidou, criando suas bases nas
teorias de Lamarck e de Darwin.
SEMELHANÇAS ANATÔMICAS E EMBRIONÁRIAS
A
ideia de que as diferentes espécies descendem de um ancestral comum,
ponto central do evolucionismo, pôde ser melhor entendida quando foram
analisadas as semelhanças anatômicas entre elas. Além disso, são também
perceptíveis as semelhanças embrionárias, como a que existe entre os
embriões de peixes, sapos e tartarugas; e a semelhança bioquímica,
presente no DNA, no RNA e nas proteínas dos diversos seres vivos. É
possível constatar essas semelhanças bioquímicas através da hibridização
de DNA, técnica molecular que visa mensurar a proximidade de
características nos seres vivos.
ÓRGÃOS HOMÓLOGOS, ANÁLOGOS E VESTIGIAIS
Os
órgãos homólogos são órgãos cujo desenvolvimento ocorre de maneira
muito parecida nos embriões de seres vivos diferentes, embora, muitas
vezes, possuam funções distintas. Como exemplo, podemos citar as
semelhanças embrionárias existentes entre o braço do homem e a asa de
algumas aves.
Os órgãos análogos são órgãos cujo desenvolvimento
embrionário se dá de maneira distinta. Entretanto, podem muitas vezes
realizar a mesma função. Como exemplo, podemos citar as asas das aves e
as asas dos insetos, que, apesar de possuírem a mesma função (voar),
apresentam desenvolvimentos embrionários diferentes.
Observação:
Os órgãos homólogos constituem a evolução divergente (irradiação
adaptativa); os órgãos análogos constituem a evolução convergente
(convergência adaptativa).
Há, ainda, os órgãos vestigiais, isto
é, órgãos que atrofiaram no decorrer do tempo e que não desempenham
funções essenciais nos organismos. Um exemplo de órgão vestigial é o
apêndice cecal do intestino humano. Na nossa espécie, esse órgão é
atrofiado; todavia, ele é desenvolvido nos herbívoros, participando do
processo digestivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário