Desde a origem da vida no planeta Terra, os seres vivos existentes
sofreram diferenciação através de variações genéticas com a ocorrência
de mutações gênicas.
A seleção natural possibilita a sobrevivência de
indivíduos que possuem caracteres que melhor os adaptam às diferentes
condições ambientais.
Com alterações ambientais, são mudadas as
formas de seleção natural sobre as populações, provocando,
conseqüentemente, alterações na composição genética das populações.
As
contínuas alterações ambientais, ao longo dos tempos, provocam
alterações dos seres vivos, que podem levar a dois fatos principais:
a) Extinção da espécie (que é a regra!) ou
b) Formação de novas espécies a partir das pré-existentes (que é a exceção à regra).
Podemos dizer que as conseqüências do processo evolutivo são:
- adaptação das populações às condições ambientais.
- formação de novas espécies (especiação)
O CONCEITO DE ESPÉCIES
A espécie é a unidade básica do sistema de classificação de Lineu.
Espécies
são grupos de populações naturais que se cruzam real ou potencialmente e
que são reprodutivamente isolados de outros grupos semelhantes.
Raça são populações isoladas com características diferentes entre si, mas pertencentes a uma mesma espécie.
Os indivíduos de uma mesma raça ou subespécie possuem capacidade de se cruzarem, produzindo descendentes férteis.
O
processo de formação de raças se dá por isolamento geográfico, que de
algum modo não podem mais se encontrar e cruzarem-se. Neste período
ocorre o acúmulo de características diferentes e atuação de seleção
natural.
As raças ou subespécies são sempre alopátricas, isto é, vivem em regiões diferentes, durante o seu processo de formação.
Se
durante o isolamento geográfico começam a surgir alterações genéticas
até o ponto dos indivíduos serem incompatíveis reprodutivamente, estarão
formadas novas espécies.
Os mecanismos de isolamento reprodutivo, que é a última etapa do processo de especiação, podem ser de dois tipos:
a) mecanismos de pré-cruzamento ou pré-zigóticos.
b) mecanismos de pós-cruzamento ou pós-zigóticos.
EXEMPLOS DE ISOLAMENTO PRÉ-ZIGÓTICO
a) Isolamento ecológico ou de habitat
Quando as populações vivem em áreas diferentes na mesma região geral.
b) Isolamento sazonal ou temporal
As épocas de floração ou cruzamento ocorrem em estações diferentes.
c) Isolamento sexual ou ecológico
Quando a atração mútua entre os seres de espécies diferentes é fraca ou nula.
d) Isolamento mecânico
Quando há ausência da correspondência física da genitália ou as partes das flores evitam a transferência de pólen.
e) Isolamento gamético
Em
organismos de fecundação externa, os gametas masculino e feminino não
são atraídos um pelo outro e os de fecundação interna, quando os gametas
de um indivíduo de uma espécie são inviáveis nos dutos sexuais de outro
indivíduo de uma espécie diferente.
EXEMPLOS DE ISOLAMENTO PÓS-ZIGÓTICOS
a) Inviabilidade do Híbrido
Os zigotos híbridos têm viabilidade reduzida ou são inviáveis.
b) Esterilidade do Híbrido
Os híbridos de F1 de um ou de ambos os sexos não produzem gametas funcionais.
c) Degeneração do Hibrido
Quando os indivíduos de F2 ou os híbridos têm viabilidade ou fertilidade reduzida.
A
seguir está uma representação diagramática das possíveis sequências de
eventos no modelo de especiação geográfica e a representação da formação
de uma barreira entre duas populações e os possíveis eventos que
ocorrem se esta barreira desaparecer.
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