Lamarck botânico reconhecido e estreito colaborador de Buffon no museu
de Historia de Paris. No entanto, tal não o impediu de ser severamente
criticado pelas suas idéias transformistas, principalmente por Cuvier,
tendo as suas teorias sucumbido ao fixismo da época.
A propósito dos
seus trabalhos de sistemática, Lamarck enunciou a Lei da gradação,
segundo a qual os seres vivos não foram produzidos simultaneamente, num
curto período de tempo, mas sim começando pelo mais simples até ao
complexo. Esta lei traduz a idéia de uma evolução geral e progressiva.
Lamarck defendia a evolução como causa da variabilidade, mas admitia a geração espontânea das formas mais simples.
Observando
os seres vivos à volta, Lamarck considerava que, por exemplo, o
desenvolvimento da membrana interdigital de alguns vertebrados aquáticos
era devida ao “esforço que estes faziam para se deslocar na água.
Assim,
as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por
uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições
diferentes iriam sofrer alterações das suas características.
Estas
idéias levaram ao enunciado da Lei de transformação das espécies, que
considera que o ambiente afeta a forma e a organização dos animais logo
quando o ambiente se altera produz, no decorrer do tempo, as
correspondentes modificações na forma do animal.
O corolário desta
lei é o princípio do uso e desuso, que refere que o uso de um dado órgão
leva ao seu desenvolvimento e o desuso de outro conduz à sua atrofia e,
eventual, desaparecimento.
Todas estas modificações seriam depois transmitidas as gerações seguintes – Lei da Transmissão dos caracteres adquiridos.
Variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se lhe adaptar (busca da perfeição);
O uso de um órgão desenvolve o e o seu desuso atrofia-o (lei de uso e desuso);
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